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Justiça do Trabalho de Goiás apresenta o maior índice de conciliação em 2023

Em uma decisão de grande relevância para o setor aéreo, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que as companhias têm o direito de proibir a venda de milhas acumuladas em programas de fidelidade, desde que tal proibição esteja expressamente prevista no regulamento dos respectivos programas. A decisão marca um importante avanço para a gestão dos programas de milhagem, que há tempos enfrentam decisões conflitantes e a interferência do judiciário. Renata Belmonte, advogada na área de Prevenção de Litígios e Recuperação de Créditos, elogia o posicionamento adotado pelo tribunal. "Essa decisão é de extrema importância para o setor que, há tempos, vem lidando com sentenças conflitantes e com a interferência do judiciário nos seus programas de milhagem. O reconhecimento, pelo Desembargador, de que milhas são benefícios oferecidos gratuitamente aos passageiros, com o objetivo de garantir sua fidelidade às companhias aéreas, vem ao encontro do que as companhias têm defendido desde a criação dos seus programas de fidelidade". A advogada destaca ainda os impactos negativos que a comercialização de milhas poderia ter sobre os passageiros frequentes: "A comercialização de milhas é prejudicial ao passageiro recorrente, pois não são todos os assentos de um avião que se pode adquirir com milhas. É de conhecimento geral que apenas uma parcela das passagens de um voo está disponível para emissão com milhas. Portanto, se fosse permitida a comercialização das milhas, o passageiro frequente encontraria uma significativa dificuldade em competir com milheiros ou agentes de viagem na emissão do bilhete prêmio, o que acabaria por perder o real significado das milhas." A decisão do STJ reafirma a necessidade de manter a integridade e o propósito original dos programas de fidelidade, garantindo que os passageiros que acumulam milhas de forma legítima não sejam prejudicados por práticas comerciais que desviam esses benefícios de seu objetivo principal. Belmonte conclui: "Uma decisão muito acertada e importante para o setor aéreo. Este julgamento não apenas resguarda os direitos das companhias aéreas, mas também protege os interesses dos passageiros frequentes, assegurando que os programas de milhagem continuem a cumprir seu papel de recompensar a lealdade dos clientes." O Superior Tribunal de Justiça é a corte responsável por uniformizar a interpretação das leis federais brasileiras. Suas decisões impactam diretamente a vida dos cidadãos e o funcionamento de diversos setores da economia.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou o Relatório Justiça em Números 2024 (ano base 2023), uma publicação anual com dados relevantes a respeito do judiciário brasileiro. O documento revela que houve aumento do número de acordos realizados na Justiça do Trabalho, com 20,2% dos processos resolvidos. Entre os tribunais do país que mais fizeram acordos, destaque para o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (Goiás), com 26,8% de acordos realizados.

Conforme dados apresentados pelo relatório, no geral, houve um aumento de produtividade do judiciário, 6,9% em 2023, segundo maior percentual da história. Na Justiça do Trabalho, o índice foi de 20,1%. Foram 35 milhões de processos baixados e 33 milhões de sentenças proferidas.

Outro destaque: a 3ª Vara do Trabalho de Goiânia também atingiu as metas estabelecidas pelo CNJ, tais como: julgar mais processos que os distribuídos; julgar processos mais antigos (107%) e estimular a conciliação (109,7%). O Índice Nacional de Gestão de Desempenho da Justiça do Trabalho (IGest) também apontou que a unidade judiciária ficou em 142° lugar entre as 321 Varas do Trabalho existentes no país, em 17° lugar entre 25 Varas do Trabalho existentes na Região e em 12° lugar entre as 18 Varas do Trabalho de Goiânia.

Sobre os acordos, a advogada Juliana Mendonça, mestre em Direito e especialista em Direito e Processo do Trabalho, sócia do Lara Martins Advogados, comenta que o trabalho de conciliação é de extrema importância, pois além de evitar o prolongamento dos processos judiciais, garante a satisfação do crédito de caráter alimentar, também diminui a sobrecarga do sistema judiciário e, consequentemente, que os tribunais possam dedicar mais tempo a recursos de casos mais complexos e urgentes.

Para a advogada, a conciliação pode preservar ou até melhorar o relacionamento laboral: “A conciliação estimula o diálogo e a negociação, pois permite que ambas as partes cheguem a um acordo satisfatório para ambos”.

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