A manhã desta sexta-feira (25) foi marcada pela paralisação dos professores da rede municipal de Campo Grande, que protestam a favor do aumento do piso salarial já aprovado em março pelo então prefeito Marquinhos Trad (PSD).
A gestão atual afirma não possuir verba suficiente para pagar os professores e os recebeu esta tarde para uma negociação. Porém, mesmo após 2 horas em reunião com a prefeita Adriane Lopes (Patriota), os professores mantiveram a paralisação para avaliar o que foi proposto, mas já afirmaram que a colocação “não contempla a categoria”.
“Não estamos aqui para negociação, até porque, ela já foi feita lá atrás. Queremos o cumprimento da Lei”, pontuou o presidente do Sindicato, Lucilio Nobre.
Em março deste ano o Sindicato Campo-grandense dos Profissionais de Educação Pública (ACP) e a gestão do então prefeito, acordaram a proposta de reajuste escalonado de 67% até 2024.
O escalonamento seria da seguinte forma: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024; e 11,67% em outubro/2024.
No entanto, a prefeita Adriane afirma não ser possível manter esse acordo. No começo desta semana, o município assegurou um reajuste de 4,78% em uma reunião com representantes da categoria, que não se agradaram e resolveram agendar a paralisação de hoje.
A ACP estima que, para o pagamento do reajuste, seriam necessários em torno de R$ 15 milhões de reais e colocaram como alternativa, utilizar os R$ 70 milhões de verba do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
O presidente da Câmara Municipal, o vereador Carlos Augusto Borges, conhecido como Carlão (PSB), afirmou que, na ocasião em que a legislação foi aprovada, havia previsão de pagamento mediante disponibilidade financeira.
“Não é o caso da prefeitura hoje. Cabe à prefeita, ACP e Comissão de Educação da Câmara tentar um acordo de como cumprir esse compromisso”, disse ao Jornal Midiamax.
Com informações de Midiamax