Início DESTAQUE STJ mantém decisão do TCU que obriga Dallagnol a devolver R$ 2,8...

STJ mantém decisão do TCU que obriga Dallagnol a devolver R$ 2,8 milhões

Dallagnol se diz revoltado com mais uma decisão judicial em seu desfavor/Foto: Marcelo Camargo-AB

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por 6 votos a 5, manter condenação contra o ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), proferida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2022. No processo conhecido como “farra das diárias”, a corte de contas apurou que R$ 2,8 milhões pagos em diárias e passagens deveriam ser devolvidos pelos integrantes da força-tarefa Lava Jato, coordenada pelo então procurador Deltan Dallagnol.

O TCU entendeu que os gastos geraram “prejuízo astronômico” à União, porém a  Justiça Federal em Curitiba atendeu a recurso impetrado por Dallagnol contra a medida do TCU e, com  isso, o caso foi parar no STJ.

Na decisão da Corte Especial do STJ, na quarta-feira (7), prevaleceu o entendimento do ministro Humberto Martins, que foi acompanhado pelos ministros Mauro Campbell Marques, Francisco Falcão, João Otávio de Noronha, Antonio Carlos Ferreira e Isabel Gallotti.

Segundo Martins, a decisão da Justiça Federal do Paraná suspendendo o procedimento do  Tribunal de Contas da União feriu a autonomia do TCU e caracterizou lesão à ordem pública.  “Exigir a certeza absoluta e inexpugnável, acerca do débito inicialmente apurado e da identificação dos agentes públicos que lhe deram ensejo, como pressuposto inafastável para a instauração do processo de tomada de contas especial, significa restringir a atuação fiscalizatória do TCU, desestimulando a concretização de seu relevante papel constitucional de apurar eventual malversação dos recursos públicos”, afirmou o ministro.

“Mais uma bomba”

No último dia 16 de maio, Dallagnol teve mandato de deputado federal cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. A Câmara dos Deputados cumpriu a decisão do TSE na terça-feira (6). O ex-procurador e ex-parlamentar se diz revoltado com mais uma decisão da Justiça em seu desfavor e sustenta que está sendo perseguido em função de seu trabalho na Lava Jato. “Mais uma bomba foi jogada em mim essa semana e agora também sobre a minha família. Eu fico me perguntando onde está a Justiça nesse país. Eu tô revoltado”, disse, em vídeo publicado nas redes sociais.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile